O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

domingo, abril 03, 2011

Cedo demais.

Nessa praça em Silva Jardim eu vivi parte de minha infância e guardo na memória uma das primeiras vezes que me vi livre, na rua, para brincar.
E foi num daqueles dias de chuva que encontramos a molecada que ali frequentava para uma pelada no trecho "menos habitado" da praça.
O naipe reunido ali se tornaria mais tarde o que acredito ser um dos maiores orgulhos silvajardinense em matéria de futebol. Eles começariam muito cedo a encantar no União Futebol Clube.
Era uma geração privilegiada em entrosamento e talento.
Eu, mesmo com pouca diferença em idade, era bem menor que todos e muito ruim em matéria de bola comparado aqueles garotos que brincavam exibindo sorrisos entre dribles desconcertantes e gargalhadas quando eram humilhantes. A distribuição de "lençol" e "caneta" era farta e gratuita.
Eles se divertiam com a habilidade que tinham e aprimoravam ainda mais naquela brincadeira.
Roberto (o Papa), Reizinho, Jorginho e Jairinho eram os melhores.

A praça principal da cidade de Silva Jardim-RJ, em formato de quarto centenário.

Quando falo em Jorginho e Jairinho, falo dos irmãos Mendonça.


Um deles, Jorginho, chegou a seleção brasileira e disputou a Copa de 1978 e acredito que dispensa comentários. Bangu, Náutico, Palmeiras, Vasco entre outros.
Jairinho, apesar de, na gíria do futebol, ser mais "bola", não teve a mesma sorte.

 No Treze-Pb. Jairinho é o quarto agachado da esquerda para a direita.

No Nacional, também ocupando a mesma posição na foto de cima.

Jogou pouco no Naútico, foi para o Treze da Paraíba e esteve no Nacional de Manaus.
A carreira não foi brilhante como a do irmão mas para quem conheceu sabe bem o que estou falando.

A maior das virtudes porém, os dois herdaram da família. Troxeram do berço a simpatia de um sorriso largo, a afeição as pessoas e a humildade.
O valor maior para tantos que os conheceram e conviveram com eles era sem dúvida a sua amizade.
A última vez que estive com os caras foi em 1994 numa festa realizada pelo União para homenagear aos atlétas do clube.
Alguns anos mais tarde Jorginho morreu em Campinas, quase esquecido.

Nessa semana que passou fiquei sabendo da morte do Jairinho em Baurú.
Os dois morreram muito cedo.
Os dois brilharam tanto para nós que conhecemos e tivemos a sorte de crescer juntos, acompanhar orgulhosos a carreira e saber que nunca mudaram o jeito de ser conosco que não dá para imaginar o que se passou.
Não conheci seus filhos, suas esposas, suas casas, suas vidas. Conheci e lembro muito bem dos dois grandes camaradas, amigos de infância e adolescência, respeitados pelo talento incomum e pela virtude de serem o que sempre foram.
As lembranças ainda são as que encantavam a todos a beira do campo de uma cidadezinha do interior do Estado do Rio aos domingos com a camisa do União.
O sorriso de menino, de moleque, que sempre traziam no rosto pela felicidade de encontrar com qualquer um de nós.

Descanse em paz, meu caro amigo. E dê um largo e glorioso abraço em seu mano por todos nós.


Aqui, no União F.C. em Silva Jardim. Agachados, da esquerda para direita: Jairinho, Sidy (meu irmão), Jorginho, Papa-fumo e Reizinho.

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