Ando ranzinza comigo mesmo.
Reclamo de mim, de meus dias, de minha falta de vontade pelo meu passado, dessa vida que levo.
No fim, sei que as mudanças provocadas por mim mesmo no meu modo de viver dos últimos anos me trouxeram até aqui.
O preço seria esse... Seria esse o preço?
Ofuscado e sem nenhum ânimo pela vida, me sinto um tanto mal.
As esperas são muitas. Boas ou más, espero, indago e sonho com algo mais.
Pior, é que sempre são bem definidos esses sonhos... Longe daqui, sempre sozinho, livre de preocupações.
Será que me sentirei livre de novo?
Nem muito longe, nem muito sozinho... Livre.
Tenho vivido o real, fazendo as mesmas coisas, temendo as mesmas coisas.
Tenho rezado e pedido sempre as bênçãos de proteção, sem esquecer do dever em agradecer por tudo.
Tenho me cobrado um pouco de coragem, um pouco "daqueles dias" que pude revigorar o ego de homem em desfrutar de uma cama bem acompanhado. Sinto saudades...
Tenho visto a idade transformar-se a minha volta, me incluir excluindo.
Tento ver a vida pelo ângulo dos meus meninos, por suas chances, por seus estágios.
Penso que, nunca havia pensado, quando na idade ou no estágio que se encontram, como seria meu futuro ora presente.
E vivi coisas lindas.
E conquistei uma vez a liberdade que insistia em provocar-me.
E assim, perdendo ou ganhando, passei e sinto falta. Mesmo sabendo ser alto o preço que ainda julgo pagar por tanta coisa.
Nem mesmo iria escrever agora.
Queria juntar mais as idéias sobre uma pequena análise feita de mim sobre mim e o contexto que me insiro atual. Mas, sou assim mesmo... Vai brotando, vou escrevendo. Me faz bem.
Dos sintomas descritos, estou carregando quase todos.
E não posso e nem devo culpar o horário de meu trabalho e essa vida de cabeça para baixo.
Preciso e vou buscar saber mais. Vou marcar consulta e, quem sabe, até melhorar algumas coisas.
Mas não discuto comigo mesmo se vou mudar.
Acho que não.
Meus temores, minhas esperanças, minhas lembranças, meus pensamentos me trouxeram até aqui.
Meu passado - mesmo que digam e queiram induzir-me a não pensar assim - faz parte de mim.
Ele se faz presente e futuro, quer eu queira ou não.
O grau de rejeição a mim próprio vivido neste período de reclusão me fizeram forte bastante para não ficar louco como em algumas vezes. Mas tiraram de mim outros requisitos e algumas chances de poder viver boas coisas novamente.
Chega, Altair!
Vá dormir que tem jogo da seleção hoje ainda...
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