Êh, São Jorge Guerreiro!
Ao amanhecer ouvi fogos saudando a data do Santo Guerreiro.
Lembrei de meu avô materno que me remonta a meninice e é referência de devoção ao Santo.
Meu avô Nicote (assim conhecemos o Claudionor Lopes) era alto e sua figura de homem simples, com chapéu e camisa de botão quadriculada era marca certa.
Vovô era sem igual em peraltices e tinha um coração grandioso que juntava todos os netos sem discriminar e distribuia um pouco dele para todos.
No dia de São Jorge, em uma tábua de caixote marcada com pregos, ele acendia sem falta uma caixa de velas e depois de rezar, ia para o quintal e festejava com uma caixa de foguetes fura-balão.
Meu vô era pobrezinho. Trabalhava de sol a sol como mascate, vendendo umas coisinhas de casa (toalhas de mesa, etc) em casas longínquoas dessa terrinha aqui, quando ainda não havia nada.

Viva São Jorge!
Assim gritava meu avô ao soltar os foguetes.
Hoje pela manhã, gritei lembrando meu avô:
Salve São Jorge!
Salve Ogum!
Um comentário:
Salve Jorge!!! Não sabia que meu bisa era Sr. Claudionor, que engraçado Vô Nicote ser Claudionor. Diferentemente do seu avô pobrezinho, terei algumas outras passagens a contar quem sabe um dia do meu quase centenário avô, o único que conheci e convivi. Beijos saudosos Dia
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