O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

domingo, novembro 15, 2009

Meu caro

A semana se foi e não me ocorreu inspiração para escrever.

Tirando as expectativas e preocupações com meus dois irmãos, a quietude de meu pai ( igualzinho a uma criança que faz coisa errada e fica esperando a reação dos mais velhos) e a minha garota-mulher-luz que não andava lá muito legal semana passada, posso creditar a minhas colegas (se assim posso dizer de alguém que me ignora e, sabedor agora, não gostam de mim mesmo) um motivo para escrever.
Mas, pensando bem, elas não merecem meu tempo a não ser pela minha posição de justiça e de gostar de fazer amigos, além, é claro, desse meu mundo tão pequenino que elas fazem parte... Elas são (ou seriam) a minha única ligação com o mundo externo a minha casa.

A única providência que posso tomar é evitar qualquer contato e o primeiro ato foi dizer ao meu chefe que não vou mais participar de um tal almoço comemorativo de fim de ano.
Se não sou bem quisto, porque participar de uma coisa qualquer que reuna essas pessoas?
Não sou e nem sei ser falso? Tenho horror de mentiras, falsidade e tudo mais assim igual.

Meu bom motivo de escrever ainda é o meu timeco e o colega de juventude que lá trabalha hoje.

Ronaldo, a quem contactei através de sua página profissional, tem respondido a minhas mensagens e até me contou de seus netinhos gêmeos e do seu futuro (ou futura) neto que lhe dará agora a sua filha mais nova.
A nossa geração casou-se cedo e hoje colhe frutos como esses em plena forma física... Pelo nisso há um bom propósito e alguma vantagem (rsrsrrsrrs...), apesar de eu não ter tido esse gostinho ainda.

Aqui, ainda com bastante cabelo, entre eu e Luizinho Rangel, hoje treinador dos juniores do Baotafogo.

Na Net e nos jornais, aliado a estupenda mudança de atitude e inacreditável reação, elogia-se o trabalho desse camarada que junto comigo ia e voltava de De Castilho duas vezes na semana para os treinos no compo do Everest. Às vezes passávamos na casa de meu pai, próximo a praia de Icaraí, para felicidade do mesmo, um almoço e uma peladinha na areia.
Quando viajamos com o clube (poucas vezes), lá estávamos juntos desde a saída em nossa cidade.

Ele seguiu a carreira e eu fiquei pelo caminho.
Mas é orgulho poder dizer que sou dele ( e do Índio, Luizinho, Cóti, Liert, Batata, Serginho, Carlinhos, e tantos outros do lado de cá da poça dágua) amigo, colega, conhecido. Que fiz parte de suas vidas assim como fizeram da minha.
As lembranças não deixam morrer essa certeza, apesar do fotógrafo ter sido meu pai e sua Kodak.


Esse pode ter sido meu primeiro jogo oficial pelo Botafogo. Campo do Fluminense, 1971. Campeonato carioca de Dente-de-leite (categoria até 15 anos, hoje infantil). Nesse dia ele fazia aniversário e fizemos uma rodinha para cantar parabéns antes da bola rolar, sob os olhares do time adversário, o Flamengo.

Mesmo que os caminhos tenham sido separados, acompanho e gostaria de notícias de todos.
Fiquei sabendo recentemente que o Tiquinho e o Dodô, por exemplo, já não mais estão entre nós.
Muito cedo se foram desse mundo e de nossas histórias, trágicamente.


Nessa foto, o neguinho é o do centro, agachado e o Dodô é o sexto da esquerda para direita em pé. O Ronaldo não está nessa foto.

Na foto acima, eu gostaria de saber sobre todos mas em especial o João Carlos (da esquerda para direita o último agachado), do Paulo a seu lado e do Vandéca (segundo agachado).

Foram tantos e muitas passagens... Lembranças de meninos que hoje contam 52-53 anos.

O Ronaldo era menino como eu, sofreu as mesmas discriminações em nossos bairros onde haviam muitos melhores que nós, mas que chegou lá.
Ele era destemido e eu gostava de estar ao seu lado por isso. Era "atiçado", muito moleque.
No Maraca, eu de zagueiro improvisado ao seu lado, contra o Flu, preliminar do Roberto Gomes Pedrosa. Gílson o "Gênio" (tinha até faixa nas arquibancadas para ele) ciscou na minha frente, em baixo da torcida do Flu que veio ao delírio. Ele me deu tempo de olhar a linha da grande área.
Dei um passo para frente e madei uma porrada das boas.
A torcida caiu em cima, eu voltei para a área e o Ronaldo foi peitar o juiz antes que ele me pusesse para fora. Nós tínhamos 13 anos, era o Maracanã e o tal Gílson já devia alguma pessoalmente para mim e para ele.

Mais tarde, quando foram campeões juniores, eu fui até a casa do Ronaldo para lhe dar os parabéns. Ele já estava casado e me contou de "nossa" velha rixa com o Gílson.
Decisão em Moça Bonita, final do jogo com o placar decidido para o Botafogo que jogava contra o Fluminense. Ronaldo chamou o baixinho metido por seu apelido e, sem dar nenhuma chance de reação, deu-lhe uma porrada dessa vez com a mão e saiu de campo expulso mas feliz por todos aqueles anos.
Eu ouvi e vibrei como se lá estivesse. Era muito metido mesmo aquele baixinho.

Mas agora o que importa é o trabalho que ele, Ronaldo, vem fazendo.
O meu Fluminense e sua torcida inteira tem muito que valorizar e agradecer a esse competente profissional, moleque e menino, que hoje muito parecido com seu velho pai e botafoguense de raiz mostra ao Brasil e ao mundo.

Valeu meu caro!!!!
Um beijo no coração dos meninos
... Assim tem sido meus mails para ele ao final de cada jogo.





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