O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sábado, setembro 27, 2008

Sonho Lindo



Não durmi bem nessa semana de trabalho que passou.
Também não sei o motivo mas, apelei ao diazepam 5mg para obter uma ajudazinha.

A contar de positivo foi o pequeno mas breve e entusiasta sonho que tive.

Não sou muito de guardar detalhes de sonhos e sempre foram uma mistura surreal de coisas e pessoas, lugares e tempos diferentes... uma loucura.

Nesse, me vi comprando passagem de avião em um guichê parecido com os do metrô de São Paulo e me sentia alegre, feliz. Até brinquei com um senhor que ao meu lado reclamava sobre alguma coisa naquele guichê.

Segui por um corredor e então me deparei com algo parecido com a entrada de um ônibus e o movimento normal desses lugares mas meus olhos não queriam acreditar no que viam e eu dizia para mim mesmo então "que não podia ser"... ela, em toda sua beleza, perto dessa porta, sorrindo em meio as pessoas e naturalmente nua.
Lembro-me de detalhes de seu despudor belo e natural como sempre vi e pude desfrutar em outros tempos.
Me aproximei e falei sobre sua nudez e a resposta foi simples acompanhada de um sorriso meigo (que bem conheço...) de que "eu gosto assim mesmo".

A parte seguinte é que marcou.
Me vi então, ainda na entrada do veículo como se em cima daquele patamar da escada que nos leva ao avião, em uma roda de 4 pessoas.

A meu lado esquerdo, minha cunhada mais velha que chamo de "Mãe", na minha frente estava ela e havia uma outra pessoa que me foi apresentada depois que apresentei "Mãe", tudo em um ar bastante cordial e amistoso.

Antes mesmo que isso acontecesse eu já estava vidrado naquele rostinho bem feito, nos cabelos compridos acompanhando o contorno ao lado do rosto e nas feições em que eu procurava por detalhes...
"_ Essa é a Victória. Viu como já está grande..."
O sonho foi breve, surreal como qualquer outro que tenho, mas desse eu lembro ainda detalhes, como se tivesse acontecido realmente.
Tenho uma vaga idéia de como possa estar aquela pequenina em função de minhas lembranças de 6 anos passados, a última vez que dela estive perto.

Creio que ela possa estar até mais bonita do que a vi em meu sonho mas, com certeza, aquele brilho no olhar meigo, seu rostinho de menina e um certo ar herdado da mãe, me fizeram sorrir de felicidade no sonho e ao acordar dele, quase já na hora de ir para o trabalho.

A sensação era de esperança e paz, muita paz.
Alguma coisa que me tocou forte, como a alegria de viver, de ir em frente...

Sonhar com a "moça" já seria muito para minhas pretensões.
Ver aquela linda menina que um dia foi em meus braços neném e que ora se transforma rápido em mulher... ah, foi indescritível.




quarta-feira, setembro 24, 2008

Só podia ser.

Me sinto afagado e no colinho

Serginho e Vi
vocês são especiais mesmo...

domingo, setembro 21, 2008

Sem carinho, sem assunto, sem leitor, sem...

Do que mesmo escrever????!!!!
Em tantas coisas mentalizadas para temas, não consigo agora, neste momento, nenhuma expressão ou até interesse em fazer e mesmo esqueço-os.
Mas vejo que procuro escrever para mim mesmo, como meu divã e agora, parece que não quero conversar comigo mesmo.
De qualquer forma, procuro por carinho: quero ser lido...
Então, a julgar pelos comentários que tenho obtido (nenhum ultimamente) sei que ninguém tem ou quer me passar um pouquinho de minhas necessidades, entrando aqui neste cantinho e lendo as besteiras que escrevo.

sábado, setembro 13, 2008

Blog Secret

Por vezes, gostaria de poder explanar sobre algumas passagens, digamos assim, picantes.
Mas, tirando minha linda e sumida Vivi, estaria sendo até mesmo despudorado demais com alguns de meus parcos leitores.

Nunca divulguei meu blog para muita gente mas sei que, por exemplo, minha cunhada mais nova, minha amiga Cris, minha gerente eterna e, porque não, algum colega mais que acesse.
Não seria muito sensato estar abrindo a minha vida íntima em detalhes como gostaria.

Pensando assim, em outro post declinei sobre a possibilidade de fazer outro blog somente para isso.
E fiz.

O plano está sendo elaborado para escrever sobre coisas que me aconteceram, cronológicamente (ou não?) que, podem ser, para mim, no mínimo interessantes lembranças.
Algumas passagens diferentes do que se chamaria normal, outras de extrema paixão, experiências gostosas e inusitadas, daquelas que não se esquece nunca.

Vou tentar escrever detalhadamente... é para mim mesmo.

Talvez, quem sabe, confie a alguém ainda em vida, a chave de acesso para quem interessar possa.
Até lá, seria uma forma de registro daquilo que pouco ou nunca dividi com alguém, a não ser as próprias parceiras, amantes, prostis, etc...

sexta-feira, setembro 12, 2008

Confirmo então...

O Luciano foi mesmo para outro plano.
Depois de algumas dúvidas por parte de amigos, a confirmação por parentes nos tirou a esperança definitiva de ter por aqui ainda aquele flamenguista convicto e apaixonado.
Essa semana entrei em contato por mail com seu cunhado que, entre outras coisas, teve que vestir seu corpo para sua vigem sem volta. Ele explicou que tudo foi muito rápido.
O Luciano havia saído do dentista na quarta-feira passada e reclamou não estar muito bem ao chegar em casa. No dia seguinte... Meningite meningocócica
Sua missa de sétimo dia foi realizada ontem.

Hoje, em sua vasta relação de amigos com quem e para quem trocava mensagens, abri a que copiei abaixo:



"Caro Luciano,

Confesso que nunca entendi bem os planos de Deus, pois de vez em quando ele toma umas decisões estranhas e resolve chamar um dos seus melhores filhos para ficar junto dele.
Talvez ele estivesse precisando de um anjo da guarda para o seu Flamengo, mas parece que tinha de ser alguém apaixonado pelo clube, do tipo que pensa duas vezes antes de ir trabalhar na segunda quando o Flamengo perdia o clássico. O nome disso é paixão, e isso eu sei que vc sempre teve pelo seu time e pela sua família.
Me lembro que certa vez disse que ia encontrar vc com os cabelos brancos e uma camisa surrada do Flamengo, mas parece que isso não combina com vc, acho que o cara lá em cima quis que vc ficasse para sempre sendo esse garoto para manter esse espírito animado e amigo que não gostava de ver ninguém triste.
Quando chegar aí no céu, procura fazer um e-mail do tipo
@sao.pedro.com para que vc possa continuar a nos alegrar com suas mensagens que, confesso, por muitas vezes, abri aqui no trabalho e melhorou muito meu dia. Mas se não puder fazer um e-mail, vc pode tomar conta de todos nós e puxar nossas orelhas quando estivermos fazendo algo de errado,

um abraço,

Marcello "robô" Gomes."



Fico sem palavras, Marcellão.

sábado, setembro 06, 2008

Nota Triste


Nem sei bem aqui o que escrever.
A perda de um colega me deixou chocado.

Ao abrir agora a noite meus e-mail's, deparei-me com um deles que relatava a notícia da perda de um companheiro de trabalho que tive em Farmanguinhos.

Acabara de sofrer vendo meu tricolor empatar com o Grêmio e voltar a famigerada ZR e levo outra porrada dessas...


O Luciano, que na foto é o último, no fundo, deixa dois meninos de 5 e 10 anos aproximadamente e nos coloca diante da realidade da vida, da perda inesperada, da notícia ruim que temos que passar aqueles que o conheceram, conviveram com ele.
É duro... ele devia ter somente 35 anos agora.

Ainda sem saber detalhes de sua morte prematura, conversei por telefone com meus amigos na certeza de encontrar apoio e desabafar com alguém sobre o ocorrido.
Peço desculpas a Cris e ao Luiz Cláudio - primeiro plano na foto - pela forma com que passei para eles a notícia desagradável.




Andei procurando as fotos mais recentes que o Luciano enviou para mim e não obtive sucesso.

Nelas, o Luciano aparece curtindo a escolinha de futebol que o filho mais velho frequenta, feliz inclusive por ser do Flamengo, sua grande paixão nesta vida.
O cara era rubro-negro daqueles...!!!


Vão ficar as lembranças para mim.

Ao procurar pelas fotos, encontrei uma de suas mensagens, das muitas que enviava com frequência, que falava exatamente sobre a "dor da perda de um amigo", em fotos de um japonês que registrou a morte de um pássaro e a agonia do amigo em não querer seguir sem ele.

Sem entender o que ocorria, talvez, mas sem desistir do amigo, ele fazia de tudo para tentar reanimar seu companheiro.

Não queria ter que deixá-lo ali...



QUE DEUS TE DÊ A PAZ, LUCIANO.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Sinto falta

COMPLETEI EM 2 DE SETEMBRO...







... 1 ANO SEM JOGAR MEU FUTEBOL.

A bunda nossa

Já declinei alguma coisa sobre mas, recebi essa por mail e resolvi colocar aqui também, como reforço.


"
UM PAÍS QUE CAI DE BUNDA E CHORA
James Pizarro
Sou tomado de profunda melancolia ao contemplar o desempenho do Brasil nas Olimpíadas...e constatar nossa colocação no quadro de medalhas...comparar nosso país com os países que estão à nossa frente.
Fico triste ao ver que na nossa seleção olímpica de futebol existem jogadores que ganham milhões e milhões de dólares, enquanto representantes do nosso judô choram e são humilhados por não ter dinheiro para pagar o exame de faixa preta.
Fico irado ao ver o Galvão Bueno, nas transmissões da Globo, enaltecer delirantemente 'o gênio mágico' do 'fenômeno' Phelps, nadador norte-americano...e não falar no mesmo tom do nosso nadador Cielo, este sim, um fenômeno.
Fenômeno porque treinou seis horas por dia nos três últimos anos, numa cidade do interior dos EUA, sustentado pelos próprios pais e pela generosidade de alguns amigos, pois não recebe um auxílio oficial.
Fico depressivo ao contemplar na TV nossas minguadas medalhas de bronze.E fico pensando que, de cada mega-sena e outras loterias oficiais, o governo paga apenas 30 % do arrecado ao ganhador e propaga que os outros 70 % são destinados a isso ou aquilo, sem que a gente possa fiscalizar com nitidez essa aplicação.Estou por completar 66 anos. E desde pequenino tem sido assim.

Lembro do Ademar Ferreira da Silva, nosso bicampeão olímpico do salto tríplice que foi competir tuberculoso. E jamais me sairá da mente o olhar de estupor de Diego Hipólito caindo de bunda no chão no final da sua apresentação, quando por infelicidade e questão de dois segundos deixou de subir ao pódio. E de suas lágrimas pedindo desculpas, quando ele não tem culpa de nada. Das lágrimas de outros atletas brasileiras dizendo que não deu. Pedindo desculpas aos familiares e ao povo.

Meus Deus ! Será que vou morrer vendo um povo que só chora e pede desculpas ?
Será que vou morrer num país que se estatela de bunda no chão, enquanto os políticos roubam descadaradamente e as CPIs não dão em nada ?
Será que vou morrer num país que se contenta com o assistencialismo e o paternalismo oficiais, um povo que vende seu voto por bolsa-família e por receber um botijão de gás de esmola por mês ?
Até quando, meu Deus !? "

A pergunta é minha e sua, de todos nós brasileiros.

A bunda também.


sábado, agosto 30, 2008

Meu amigo cachorro


Não sei se já escrevi aqui sobre o PAH (lê-se pe-a-aga - abreviatura de orgânicos analisado em nosso trabalho).


No meu local de trabalho, prova maior que é um lugar especial, existe um vira-lata que convive com todos e na mordomia.
Entre outras coisas, casinha com colchão, cercado na entrada da empresa, ração especial e visitas semanais a pet shop no outro lado da rua.

O bicho é brabo, forte para sua raça e bem inteligente.
Quando preso em seu espaço ou na corrente, geralmente durante o dia, somente pessoas que tem a confiança se aproxima. O resto, como eu ao chegar e ter que cumprir alguns dias no horário, se pudesse, voava no pescoço.

Já à noite, com toda minha preocupação em me "relacionar" com ele na base da amizade - dois cachorros têm que se entender, certo? - temia a sua reação a minha presença, sabedor de que era o dono do pedaço, solto em todo espaço externo do laboratório.
Mas, para meu bem - e da minha pele - o "cara" se mostrou amistoso e de boa intenção. Tanto que hoje festeja a nossa presença e não me deixa por todo meu horário.

Se saio para o banheiro, ele se levanta da porta do laboratório e vai comigo. Se vou ao fim do pátio para fumar, lá está ele.
Não pode me ver parado que esfrega a cabeça em minha perna para que lhe faça carinho.



Se você demora em fazer ou pára um pouquinho a mão, ele enfia o focinho por baixo da mão como se pedindo ou mandando que continue.
É uma figura.
Ele sua presa.

Dizem que ele conta 3 anos e ainda é virgem. Por isso suas fases mal humoradas.

Queira ou não, ele se tornou meu companheiro em minhas jornadas de trabalho.
Fica até triste quando chega a hora de sairmos, ao amanhecer. Recolhe-se a sua casinha sem que mandem.

A maior de todas as provas de sua amizade foi "sentir" minha falta quando faltei dois dias resfriado que fiquei, emendando com o fim de semana.
Ele, quando solto, conseguiu entrar no laboratório e, tamanha foi a festa, que quase subiu na bancada onde estava. Era como se quisesse me dizer alguma coisa tal como "que bom, você voltou".

A carência e a solidão em momentos de nossa vida pode ser medida ou entendida com um exemplo assim.
Me pego muitas vezes conversando com ele como se fosse um moleque, desses que não te desgrudam, pedindo mais.
Eu o considero um moleque.

Quando a gente dá pouca atenção, não lhe faz o de costume, procura e traz as suas bolinhas, coloca-as em pontos estratégicos e fica a sua espera para que você brinque com ele.
Eu costumo lhe dizer "você é muito cachorro, Pah" , e não resisto aquele rabo balançando feliz, aqueles olhos grandes e a cara de felicidade pedindo "vem brincar um pouco, vem".

Ainda vou filmar a sua brincadeira favorita.
Pega-se uma garrafa pet de 2 litros, enrosca-se a tampa e chame por ele.
Já viram um cão de caça ao espreitar sua presa?
Joguem a garrafa e verão um vira-latas atacá-la como se a um bicho qualquer que vivo fosse.
A garrafa escapa de suas patas e se afasta dele rolando. Aí o bicho pega mesmo.
A voracidade aumenta na perseguição e as mordidas passam a ser mais contudentes, tirando o ar da mesma.

A batalha só termina quando ele retira a tampa da garrafa. É como se matasse o bicho retirando-lhe a cabeça.

Entre outras coisas, esse camarada divide comigo o lanche de todas as noites. Faz questão.
Eu que me vire.
E cheira tudo muito bem antes de ficar com a sua parte. É nojento de metido, não?
E como gosta de leite.


sexta-feira, agosto 29, 2008

Sem o que fazer...

O stress e o tempo

Voltava do médico ontem a noitinha caminhando e meus pensamentos se misturavam entre preparativos para ir trabalhar daí há pouco e sobre a conversa que acabara de ter com o médico na consulta. O stress, doença moderna que toma conta geral.

Me passava um filme breve sobre a vida, a minha vida. E a pergunta é inevitável: onde vai para tudo isso?

Como sair? Onde arranjar uma saída? Como?

São todas as que faço todos os dias, em meio a sonhos que insisto (e ainda posso) em ter, porque são eles que me levam, me ninam e acalentam.

Acho que devo viver "a crise dos 50", se é que ela exista, mas, creio estar mais atento ao que me rodeia e isto não me tem feito bem.

Sinto falta de ser mais querido, de ter amigos, paixão.

Paixão. Essa ajuda a mover o mundo...

Confesso, tenho feito de boas lembranças, momentos de alegria para mim mesmo. Aqueles de paixão, as loucuras; as boas loucuras da paixão.

Talvez, por ter tido tanto, vivido isso, me vejo tão mal consolado hoje.

E paro para me ver.

E vejo que nada mais tenho. E não poderia ter mesmo.

Ver-me no espelho é o fato mais forte da sintomatologia.

Saber-me deteriorado em função de tanta coisa - saúde, beleza, paz - é notório.

Começo então a sentir o desgosto de tudo, da vida.

Desgosta-me querer ser eu mesmo e não me encontrar. Não ser aceito.

É como então passo a entender o porquê de muitas empresas não contratarem pessoas com minha idade, por exemplo.

A rejeição - pelo menos assim tenho sentido meu mundo - deve ser "a" ou "aquilo" que parece tomar a gente, sem que se perceba.

Fases...

Percebo que tenho estado em planos diferentes dos que me rodeiam, convivem.

Minhas palavras parecem não serem entendidas, minhas atitudes são ignoradas.

O sentimento é claro e acontece.

O espírito

Nessa jornada de vida, em algum tempo passado, alguém um dia me falou que, comigo "andam" uma criança, um índio e um velho, espiritualmente, é claro.

Como já faz tempo, a criança parece ter crescido, porque me abandonou e já não tenho mais os dias de alegria com frequência.

O índio ficou velho e agora, quando "briga", guerreiro que é (ou era), já não é entendido além de estar fraquinho, coitado, pois não ganha mais nada.

O velho? Ah, esse ficou absoluto, chato, ranzinza e deve o motivo maior para tanta rejeição.

Tenho estado assim.

Trabalho à noite, ganho pouco, não tenho a mesma importância, me sinto cansado com os problemas que são muitos (dentes, dores, etc; barriga, cara, falta de aventura, coragem, etc) e as lembranças também.

Lembranças que atormentam, por serem mais que as boas, por serem erros; que me envergonho quando elas me chegam.

Erros que fizeram perder muita coisa, entre elas amigos.

Nego Bom

Tenho saudades.

Entre outras coisas, eu admirava-os.

Foram muitas passagens juntos, muitas farras e muitos risos. Ficaram para trás.

Jorginho, o Nego Bom, foi um deles.

E esse nem sei bem o motivo. Sinto mais por isso.

Para minha família - esposa e filhos - eu não tenho amigos. Nunca os tive.

Porque será?

Não penso e nem sinto assim. Nunca.

Não mais tenho perto de mim qualquer pessoa que divida comigo um bom papo, uma cerveja, as mágoas e as aventuras. Ninguém.

Até o futebol que me era caro, minha religião, deixei de lado. Motivos parecidos com a rejeição me fizeram tomar a decisão.

O meu mundo é bem pequeno agora. Assim eu fiz.

Mundinho

Meu mundo, olhando-o deste ângulo, está bem pequeno e muito do que havia nele está se esvaindo aos poucos.

Fruto da idade, natural, meu sogro está doente e todos sabem que é questão de tempo. Esperamos, mesmo não querendo, pelo sofrimento e dor. Oramos pedindo que não aconteça a nenhum de nós, mas...

Meu pai fará 88 anos.

Ainda tem muita saúde, mas, a perda pode ser eminente e, então, eu não saberia como seguir. Ele é muito em minha vida nesses anos.

Perdi minha mãe no auge de minha vida.

Havia mudado meus rumos, conseguido uma grande melhora profissional e pessoal, conquistado muito. Então, depois de sofrer por longo tempo, ela se foi.

Carrego comigo um sentimento de culpa por estar vivendo muito do que queria e ela presa por sua enfermidade. Abandonada, carente, sozinha (como me sinto agora) consigo mesma.

A pouca atenção que lhe podia dar era fruto de não aceitar, como ela fez, sua doença maldosa que lhe tirou a liberdade e o seu poder em ser bela. Era tudo para ela.

Mamãe se foi por sofrer sozinha em não aceitar ter que necessitar de ajuda para tudo, de uma hora para outra, "como um pesadelo" - assim ela definia - que o derrame (AVC) tirasse dela tudo que sempre foi: livre e independente.

Preciso rezar por ela. Ela nunca nos deixou.

Pausa para chorar um pouco

É. Estou ficando velho mesmo... mas sinto tanto não ter a força dela do nosso lado...

Meu divã obsceno

Eu escrevo sempre como se aqui fosse meu divã.

às vezes penso escrever para determinado leitor; penso em perdoar e ser perdoado, penso em ser este o legado que tenho a deixar.

Escrevo e nem sempre, ou melhor, em poucas vezes sei que estou sendo lido, visto ou atendido.

Apesar de, em meu inconsciente, esperar ver por aqui alguma coisa nova, me abro e ao meu coração sempre.

Compreender a vida, entender as coisa dela, aprender... nada disso.

Minha vida, meus nós, minha passagem.

Meus horrores, meus pensamentos, minhas lembranças.

Meu eu. Ser... somente ser.

Há tanto que gostaria de contar e não posso.

Algumas por precaução, outras por serem "impróprias" (as boas, é claro) e muitas por não saber como.

Como explicar a paixão louca em minha vida?

Não sei como começar e vou me perder no emaranhado de aventuras e grandes decepções, nos melhores e piores momentos de um homem, nas dúvidas e etc. Enfim, não sei.

E já tentei muitas vezes.

As boas, aventuras, paixão nas loucuras da entrega, do sexo, eu talvez faça em um outro blog, com nomes fictícios e tudo mais.

Será que consigo sem lembrar as ruins que passei para tê-las? A paz e a guerra...

Eremita, ermitão e a mor

Em minha personalidade se esconde uma tendência a ermitão. Eu gosto de ficar só. Preciso estar comigo mesmo, sem nada para interferir, ninguém por perto.

Nesses anos atuais, depois de tanto perder, me tranquei, me isolei de tudo que pude.

Mudei meu mundo para menor, mais rígido.

Fechei portas abertas - outras se fecharam - cadeados; joguei fora chaves e fixei minha bússola.

Depois sentei e esperei.

Me vejo pequeno agora. Frágil em desmazelo e nuances que a vida insiste em dar. E, diante do tormento das lembranças me faço saber que preciso lutar.

A palavra mágica que um dia funcionou - ESQUECE!!! - parece não chegar.

Meus sonhos estão ficando cada vez menores, sem rumos, absortos. Falo daqueles que me embalam, acalmam.

Os reais, aqueles que espero alcançar, ainda são presentes. Esses começam com uma Mega Sena gorda...

O ermitão vai indo em meio a tanta gente... eu era feliz e não sabia.

(Escritas em rascunhos, no trabalho, pelo silêncio da madrugada, em tempos de poucas amostras)



sábado, agosto 23, 2008

Brasil! Meu Brasil brasileiro!

E as Olimpíadas, hein????!!!

Grandiosa festa para a humanidade se orgulhar.
Um encontro esperado de todas as nações para consagrarem em disputas a importância de estarmos aqui, de nos conhecermos, de participar em um canto desse nosso mundo.

O Felps e o Bolt fizeram diferença.
Foram mais. Bateram a todos e a tudo que disputaram em suas modalidades.
Seres especiais esses caras.

Para nós, o Cielo, a Mauren(ou será Maurren?) e por enquanto as meninas do voley são ouro.
Ainda estamos 5 medalhas abaixo do Felps e de muitos países que não dá nem para dizer aqui.


O orgulho que se traduz em emoções deve ser usado por nós para EXIGIR do governo uma atitude maior, mais digna de nosso povo.
Já não dá para sermos só um “país do futebol”, que aliás, decepciona e decepciona.

O futebol nosso de cada dia já é coisa de “negociantes”, “fábrica” de jogadores empresariados, mídia e muita grana.
Incluindo as meninas do futebol, nada mais por aqui tem organização, fundamento, patrocínio, amparo para que possamos chegar a disputas olímpicas com mais tesão, preparo e seriedade.
O brasileiro, em sua maioria dos 277, não foram a Pequim disputar e sim participar. A garra desse povo e o seu orgulho os movem a fazer melhor que podem, tentarem pelo menos.
Alguns, movidos por intensa disputa própria e individual, conseguem uma ou outra medalha. A competência é própria, o treinamento, a dedicação ele busca em outros centros, muitas vezes de seu próprio custeio.





A mídia não pode fazer mais um pouquinho também? Divulgar mais?
Ou seria a cultura de nosso povo em não se interessar por, por exemplo, onde fica e quem dirige o COB? Quais as modalidades que se disputam? Quem pode ir? O que se precisa fazer?
Será que alguém por aí sabe onde treinar ou disputar arco e flecha, canoagem, Tae Kuon Do, saltos ornamentais?
Tiro, a não ser os das ruas e morros, os perdidos e achados, ninguém sabe como é disputado. Ou será que sabe?

Acredito que somos ignorantes de berço em esportes e sofridos demais em nossos dias para nos interessarmos e nos prepararmos durante 4 anos.
Daqui a 15 dias ninguém mais fala em Olimpíadas...

Em meu tempo de ginásio (antigo, né?) no Colégio D. Hélder Câmara, o professor Joaquim de Oliveira (patriarca da instituição UNIVERSO atual) dava aulas de Educação Física para todas as turmas do colégio, com exigência de presença.
Ele nos fazia saltar em distância e triplo, além de altura (e era numa caixa de areia a queda). Nos ensinou voley, basquete, handebol, futsal, ginástica, entre outros.
Haviam disputas entre escolas e eram acirradas as brigas que se formava.

E hoje?
Tem alguma coisa assim ainda?
Acho que em um País onde não se pode mais reprovar alunos...

Escreveria mais ainda mas não quero.
Assim como o assunto, me desvanece o espírito ter que saber de tantas outras coisas que esse povo bom (retiro daqui os funkeiros, políticos, traficantes e similares) não toma a iniciativa em fazer alguma coisa.
Parece entorpecido por tanta miséria espiritual e tanta violência de tantas e todas as formas.


Somos bons, somos de garra, de orgulho e de moral.
Somos emoção, coração e nos falta alguma coisa... que será mesmo, héin?

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...