Frank & Bennett

 The Voice, já nos deixou há muito tempo... É admirável para mim ouvir Frank Sinatra cantar por sua pronúncia perfeita, audível e impecável. 

Sem contar a voz, que rendeu o apelido, grande ator e figura admirável, eu consegui ouvir as palavras em inglês em uma música pela primeira vez ouvindo Sinatra. Inigualável!!!

Então, um dia, ouvi alguém cantando e pensei que fosse o Frank.

Tonny Bennett quase não deixa diferença do grande Sinatra.

Hoje, ao abrir a primeira página do computador, me assustei com a notícia mas logo me acalmei:

A grande voz se despede

Quem passou a vida ouvindo Tony Bennett cantar a balada romântica “The Way You Look Tonight”, um de seus grandes sucessos, nem imagina que, antes de celebrar o amor, ele presenciou os horrores da guerra. Como soldado da 63ª. Divisão da Infantaria americana, o jovem nova-iorquino lutou contra o nazismo e participou de uma das missões mais terríveis do conflito: a libertação do campo de concentração de Landsberg, na Alemanha. Ao voltar para os EUA, Anthony Dominick Benedetto queria esquecer tudo que viu. Mergulhou de cabeça em um universo que era oposto à destruição: a música. Em 30 de abril de 1951, lançou seu primeiro sucesso como cantor, “Because of You”, após ouvir uma única recomendação: “não imite Frank Sinatra”, exigiu o produtor Mitch Miller. Bennett seguiu o conselho. Hoje, após 70 anos de sucesso e 90 milhões de discos vendidos, anunciou o que ninguém queria ouvir: a sua aposentadoria.

E, graças a Deus, ainda temos o grande Tonny!

Som de fim de tarde

Bem, creio que meus leitores diletos sabem de quanto gosto desse ritmo que descobri há alguns anos, via YouTube, em minhas viagens na smarttv... Lounge, Smooth Jazz.

Então fiquei fã de Schwarz e Funk, recentemente Michael E... Entre outros. 

Me sinto muito a vontade ouvindo o som caprichado e suave, de bom gosto e sublime, porque não. 

O registro é para esconder um estado de espírito que não demonstro hoje.

792 - Mundo - Sonhos

 Esta é minha postagem 792.

Ela pode ser um marco, (porque não?) se eu contar meu tempo pelo que me falta de vida.

Ontem choveu forte, com raios e trovões e por horas. Para agosto, em temperaturas amenas, foi surpreendente. Muito surpreendente.

O mundo está variando, para não dizer ficando louco.

E tem o Haiti em mais um terremoto a cada 10 anos...

Tem o Talibã no Afeganistão levando multidões a se pendurarem em aviões americanos na decolagem.

Tem a política sórdida e imunda aqui da terrinha que divide em nome de poder egoisticamente claro em benefício de poucos. Um país onde seu povo não sabe o que é CONSTITUÇÂO... A maioria.

O que tem mais? 😇

Ah sim!!! A pandemia, as mortes, com vacina ou sem e o legado que virá ainda... Que futuro!!!

Mas eu queria escrever sobre o número de postagens.

Um dia, mais jovem, jurava que não chegaria aos 40 anos. Com um enfarto na conta, aos 64 anos estou aqui pensando se consigo escrever a postagem 1000.

Sonhos.

Poucos estão me ninando ultimamente e ficando cada dia mais escassos.

Bom é sonhar e poder realizar como o príncipe do Taj Mahal ou dos "loucos" de Dubai...

O Certo

O domingo terminou ainda há pouco. 

Tenho saudades e estou preocupado. 

Saudades do que não tenho mais é preocupado com tudo que acontece a nossa volta.

Hoje eu divido o meu tempo em fazer nada e pensar... É muito desgastante. 

Pensar cansa. Muito mais quando não há mais sonhos nesses pensamentos. 

Quando você se deteriorou pelo que passou com e como o tempo. Puxa!!! Já não sou eu.

E aquelas que passaram pela minha vida, ainda uma esperança que vejo esvair ao me ver num espelho, ao saber o que sou e depois de tanto tempo não creio que sequer mais se lembrem de mim. 

Morre a esperança junto vão os sonhos...

O tempo que me resta é menor.

Sei que cada dia mais são as chances de ir embora, partir dessa existência. 

Sou materialista e não creio em outra vida, nova chance. Tenho fé. Essa me trouxe até aqui.

Um dia acaba. 

No meu peito 4 pecinhas mantiveram a minha vida. Antes eu era outra pessoa, outro homem. Tinha sonhos e desejos e esperanças...

Tenho medo da morte. 

Mas é um egoísmo que carregamos em não querer deixar o mundo, a vida?

É preciso explicar e enfrentar o tal fim.

Estar convencido de que é assim... Difícil para mim. 

Desejos, esperança, amor, paz, saudades e  morte... Tenho medo. Esse é certo. 

Tia Mazinha

Não queria começar desse jeito essa postagem mas, a vida - ela mesma - nos remete a tantas situações que enchem o imaginário fértil de surpresas, tirando o foco daquilo que deveria ser contado...

Na foto acima, minhas tias (da esquerda para a direita) Dina, Mazinha e Margarida, irmãs queridas de meu pai. Cada uma na sua característica própria de bondade, de humildade, de amizade e dedicação.

Neste sábado perdemos a mais nova, Mazinha para o vírus ingrato e traiçoeiro.

Tia cuidava de seu marido acamado, os dois já idosos e vacinados, de repente internados e lá se foi minha tiazinha em poucos dias. Não sei por ora de meu tio que também foi internado.

Agora só resta a mais quietinha das tias, a mais sossegada, mais humilde... Tia Dina. Também era de todas a mais dependente e agora sozinha.

 As referências de família estão indo embora e, tenho me dado conta que muito sinto.

Da foto acima, em Friburgo, poucos restam... Muitas saudades!

Realidade, Tempo & Coração Triste

 "Luciano Zsafir, 53 anos, foi internado por conta da Covid... Essa é a segunda vez que ele foi infectado."

"Num acidente de automóvel, linda jovem fica mutilada nas duas pernas... Na hora do impacto do caminhão na traseira do carro em que viajava, estava sem cinto de segurança e com as pernas sobre o painel do carro. Uma de suas pernas ficou no vidro do carro e a outra precisou ser amputada."

Como é dura a realidade!!!

A primeira notícia eu vi ao abrir a página inicial do computador. A segunda foi contada por quem trabalha no hospital onde está a menina. "Linda", assim afirmou ao dizer o que aconteceu, como se fosse impossível na vida daquela menina.

Eu ando concentrado em meus dias. Tento mudar um pouco a rotina e basear minhas horas nesses afazeres de quintal.

Me sinto cansado, já não tem programação intensa de futebol na TV e mesmo esse já perde um pouco a minha atenção. É como se batesse a saudade, sem as lembranças que já me abandonaram e com algumas interrogações. Me escondo de mim, mas vez por outra acabo me encontrando... O futuro e as perdas? Será???

Por onde andam vocês?

Por onde vocês andam???

Eu deixei de existir. Por isso as lembranças foram se esvaindo aos poucos como tão longe estão vocês de mim.

Tempo e solidão.

Tempo... Tem sido ligeiro, intrépido e exigente.

Tenho - e sei - cada dia menos.

Da série "acordei com essa música na cabeça..."

Saudades de Tempos

 E então saudades... Acho que as vezes a gente se cansa de fingir que foi bom o vivido, perdido, deixado lá no tempo.

Futuros incertos carregam os sonhos e trazem medos que se apoderam e apressam os pensamentos.
Eu embalava meu sono sonhando. Bons sonhos!!!

Acabei de postar no MeWe.

Achei que trazer pra cá seria legal.

Tenho saudades, não escondo.

Temo o futuro mas de uma maneira diferente da que estava acostumado.

Desejos e sonhos.

Pouco me resta a impulsionar a vida... Posso estar cansado de me trancar em casa, de não querer o que tenho de amar. Sinto vontade de me libertar outra vez.

Quem, nesse mundão de Deus, faria essa caridade quebrando as correntes que um dia me impus?????

Vivi sonhos tão altos que a queda me fez levantar uma bandeira branca de paz comigo mesmo.

Tenho saudades sim... E a falta que faz?

E o tempo dá as cartas nesse jogo da vida...

Eita Saudade!

Então tá!!!

Há uns dias cortei a leitura do cantinho porque as 5 testemunhas que fazem presença não comentam. Não sei quem são. 

Aí, as vezes, fico querendo contar algumas passagens de vida mas penso "e se tiver alguém que posso magoar?".

O jeito é não postar, né. 

Até porque são segredos, intimidade e confiança de tempos melhores que são só lembranças mas que para mim valem muito. 

Se ao menos eu soubesse...

Mas também não vale a pena, creio, contar meus pródigos momentos. Talvez só a meu ego e pelos bons tempos. 

🤫

Quanto Me Resta?

 Eu fico cansado. 

Sim, fazer nada e não alterar a rotina cansa.

Aí, corpo dói sentado a frente da TV e por ser madrugada, o jeito é ir para a cama.

Me sinto as vezes cansado, sim... Pensar na vida e temer por ela cansa.

Há a possibilidade de não acordar amanhã;;;

Quem sabe uma sorte, um prêmio tão perseguido durante todos esses anos que me levaram a tantos sonhos, que foram mudando conforme a idade foi chegando, até agora onde, sinceramente, já não tenho mais sonhos.

E aí estou.

Só não consigo deixar a saudade e as lembranças que o tempo leva já bem longe e mata de vez os sonhos e a esperança.

Bem, só liguei o computador a essa hora para ver o blog. Voltaram a ler. Um ou dois, mas voltaram a s minhas testemunhas desses anos todos. Essa é a postagem 786.

Não faço planos. Nem forjo escrever para aumentar. Simplesmente escrevo. Assim do nada, quando me dá vontade, quando passo e vejo, quando surge uma coisa que gostaria de dividir... Assim.

A pergunta deste momento é: SERÁ QUE CHEGO A 1000?

PS: Perdemos para o vírus há uma semana o meu concunhado. Ainda não postei nada. Ainda não caiu a ficha da indignação, da impotência, da história.

Alento ao Coração

Em dias tristes como esses em função da perda dolorida na família, é preciso lembrar que eles estão aí pra nos carinhar o coração... São a graça do viver.

Essa pecinha rara sai com as dele e surpreende todos, como no dia que sua avó pediu para que trouxesse um pedaço de bolo do aniversário que ele estava indo e ouviu de volta, na lata, "não vou me preocupar"... Tipo: se der eu trago. 

Mas eu preciso registrar a Maria Flor e sua grande vontade de ir ao colégio, ansiosa por chegar seu dia...

Então?

Como resistir?

Avô, babão e feliz... Que doce de lindinha!!!

Atlas & Axis

Eu era jovem.Cursava o secundário e tinha o chamado "profissionalizante" onde escolhi ser Técnico em Raios X. 

Anos 70 de muitas coisas boas, saudosas.

Eu confesso que nem sabia o que chamavam de vestibular e também não me importava. Ainda não sei dizer porque... Coisa de não querer passar o tempo, eu acho. Estava tão bom! Pra que me preocupar?

Nós cumpriamos estágio em um hospital Municipal no Rio de Janeiro, o Paulino Werneck na Ilha do Governador.

O plantão era segunda-feira e durava 24 horas. A equipe médica era respeitável e talvez a melhor de todas. 

Uma tarde, chegou a sala de atendimento um casal jovem. O rapaz na cadeira de rodas e sua namorada nervosa. Haviam sofrido um acidente onde o Chevette que estavam bateu em um poste de energia. Apesar de tudo, não havia um só arranhão nos dois.

Conversamos um pouco sobre a equipe médica enquanto preparava as coisas para o exame quando o rapaz foi perdendo os sentidos, respirando mal. Chamei por socorro e rapidamente médicos e enfermagem atenderam. O rapaz foi levado para outro setor e, por poucos minutos já nada foi possível fazer. 

A perda abalou o plantão. 

Foi uma segunda-feira mórbida, silenciosa. 

Como se todos nós em respeito ao luto nos recolhessemos, nos escondessemos de tudo. Até as conversas eram como sussurros, como num velório. 

A única imagem que não esqueço foi a do ortopedista, muito zangado prometendo chegar à uma explicação para aquilo que aconteceu, sem dar tempo de ajudar ao rapaz, sem chance de salvar. 

Segunda-feira seguinte. 

Equipe reunida em pequenos grupos destacavam a causa mortis e explicava, com a certeza de que não houve erros ou culpa. 

Essas são as duas causadoras da morte rápida e sem chance para aquele rapaz.

No impacto, ele estava com a atenção para o fundo do carro, tentando pegar a aliança que caira. O movimento brusco do pescoço fissurou uma das duas lâminas que são parte da coluna cervical e que, envolvem a medula espinhal. 

Do socorro até aquele momento em que chegou a sala de raios x, a fissura partiu a lâmina que cortou a medula... Daí foi rápido o processo de morte.

Não haviam cintos de segurança. 

A velocidade não era a causa.

Uma brincadeira com a noiva e o acidente. 

Tão tênue é a vida... Tão frágeis nós somos. 

Vivemos perigosamente desde que nascemos. 

Corremos riscos, abusamos de nossos corpos e as vezes nos sentimos muito fortes, imbatíveis. 

Tal como a atlas e a axis, somos batidos por algo ínfimo, letal nos dias de hoje... E ficamos perplexos, tomados por horror de perdas grandes.

Tal como a atlas ou a axis, ficamos impotentes diante da morte rápida e sem chances... A frágil vida e nós.