Não que eu não tentasse escrever em detalhes. Até iniciei mas parei o projeto por anos e, quando as vezes tento retomar, me perco em pensamentos e memórias. Deixo para lá... Entre muitas indagações me questiono para que? Não vai mudar nada e ninguém há de se interessar por um reles mortal, pecador e sonhador como tantos.
Já fiz meus filhos, já plantei algumas árvores... Um livro talvez seja muito.
No livro da Zu, descobre-se que toda descendência de uma vila pequena nos leva a parentescos que podemos verificar por suas pesquisas e trabalho... Minha prima Zuleika, um beijo grande!
Do livro, páginas 50, 51, 168 e 169
| DESCENDÊNCIA LOPES & XAVIER |
Triavós
XAVIER
| PATERNOS ANTONIO JOAQUIM PEREIRA XAVIER & ANTONIA MARIA ANUNCIAÇÃO MATERNOS JOSÉ PEREIRA DE ANDRADE & LUCÍNDIA SOARES DE ANDRADE |
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Bisavós XAVIER | PATERNOS JOAQUIM ANTONIO PEDRO XAVIER & MARGARIDA PEREIRA XAVIER MATERNOS ANTONIO PEREIRA MAGALHÃES & MARIA R. PIMENTA |
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Avós XAVIER | MÁXIMO PEDRO XAVIER & VIRGÍLIA PEREIRA XAVIER
Na foto ao lado, meus avós e oito dos nove filhos, a saber: ORLANDO, ADEMAR, HERVAL, JOSÉ, MARGARIDA, DINAIR, MARIA E ADIMAR. |
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Triavós e Bisavós LOPES
| Triavós MATERNOS ANTÔNIO PINTO DA SILVEIRA & EDWIGES ROSA DA SILVEIRA Bisavós MATERNOS AMÉLIA PINTO DA SILVEIRA & EGYDIO PINTO DA SILVEIRA PATERNOS FRANCISCO DA SILVA LOPES & DONÁRIA MARIA DO AMOR DIVINO |
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Avós LOPES | ALICE PINTO DA SILVEIRA & CLAUDIONOR DA SILVA LOPES |
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ADEMAR PEDRO XAVIER & MARIA DA SILVA LOPES XAVIER
Bom, do casamento de meus pais, nasceram SIDNEY LOPES XAVIER, ADEMIR LOPES XAVIER E eu, ALTAIR LOPES XAVIER, depois de 10 anos de meu irmão mais velho. O chamado "temporão".
Capítulo a parte, é preciso falar sobre a cidade de SILVA JARDIM...
Seu nome atual é uma homenagem ao advogado e republicano Antônio da Silva Jardim. Anteriormente o município chamava-se Capivari, cuja fundação se deu no ano de 1801, nas terras de D. Maria Rodrigues, viúva de Manoel da Silveira Azevedo, onde o casal havia construído uma capela em devoção à Sant'Ana. A viúva doou a capela e seu entorno, para a criação da paróquia de Nossa Senhora da Lapa de Capivari, a pedido da população local.[5] No entorno da capela formou-se o vilarejo, que posteriormente foi elevado à categoria de freguesia, e mais adiante à categoria de vila, por decreto de 1841, separando-se definitivamente do município de Cabo Frio.
A partir do ano de 1943, a vila de Capivari teve seu nome modificado para Silva Jardim, denominação esta que perdura até os dias atuais.
O município sempre foi modesto e de economia rural em sua grande extensão de terras e raízes familiares definidas desde os tempos de vila.
Possui alguns atrativos turístico e maior destaque para a reserva biolágica de Poço D'Antas e seu mico leão dourado, além da lagoa de Juturnaíba que fornece água tratada a região dos lagos pela estação de tratamento.
Então, como se conta no livro, os tempos eram outros. Eu costumo lembrar que meu pai viu tantas mudanças no mundo em seus 94 anos vividos que nem ele se dava conta. Guerras mundiais, revolução industrial, descobertas que muitos hoje não sabem como a do transistor que substituiu as primeiras válvulas nos primeiros aparelhos elétricos. Luxo que demorou a chegar aos reles mortais do interior que se reuniam em festa na rua principal da cidade para comemorar o título de bicampeão mundial de futebol e Garrincha.
Sobreviver ao impaludismo era privilégio de alguns que hoje, conhecem AIDS e pandemia de novo vírus que paralisou o mundo.
Meus pais se casaram em São Vicente, cidade vizinha onde havia cartório e minha mãe reclamava de ter ido em lombo de burro, no sol por léguas... Enfim, era outro mundo.
Do casamento de meus pais até meu nascimento dez anos depois do meu irmão mais velho, muitas mudanças de vida aconteceram para meus pais e nasceram então os três filhos... Sidney, em Niterói numa clínica, Ademir em Silva Jardim e Altair em São Gonçalo, em parto assistido por médico, Dr Alberto Lontra.
Essa é a casa onde nasci, no velho bairro de Trindade.
A casa não existe mais e a Avenida Trindade 125, passou a se chamar Av. Domingos Damasceno Duarte.
A CASA ONDE NASCI
Aqui vivi grande parte de minha infância e juventude.

Meus avós maternos moravam em frente junto com meus tios e primos com quem aprendi a brincar e ver meu avô com suas plantações mesmo num quintal pequeno, seu cavalo e sua rotina de mascate.
Quando ele não conseguia chegava tarde, cansado e triste. Nós os netos, quando passava da hora dele chegar já sabíamos que ele iria chegar triste. Vovô Nicote era muito alegre e brincalhão e todos os netos o adoravam.
Uma outra parte de minha infância vivi em Silva Jardim.
Era muito pequeno mas lembro de coisas que até duvidam... Vamos pular essas coisas.
Tinha um amigo que morava de frente a minha casa e que foi a primeira pessoa que aprendi a gostar, Zé Luiz, meu primeiro amigo.
Morávamos perto da estação e vimos de perto a movimentação de pessoas armadas, disfarçadas e também fardadas que esperavam pelo trem que seguia de Campos para Niterói onde estava o criminoso mais famoso da época e que havia sido capturado, Mineirinho.
Brincávamos juntos em nossos quintais e até comíamos juntos.
Ao voltar do colégio pegávamos carona num carrinho usado pela Leopoldina entregar encomendas que chegavam a cidade e era conduzido por um bom moço que apelidavam Zé Babal, que tinha um pequeno "desvio de cabeça" mas era manso e adorava juntar a meninada barulhenta no carrinho longo e forte para ele carregar até a estação.
Lembranças como a de ir para o Jardim e passar na padaria para comprar a merenda, sempre acompanhado por Leonora (afilhada de minha mãe e criada por meus pais). Era uma felicidade colocar uma garrafa de mineirinho na garrafinha da merendeira e sentir o cheirinho de pão doce com mortadela.
Formatura do Jardim de Infância
Vou seguir em mais postagens