Então meu cantinho amigo completa mais um ano!!!
Já são doze... Pré adolescente!!!!
Esse pai desnaturado que o deixou de lado por algum tempo, não usou seu ombro como fez muitas vezes para chorar e desabafar porém, não esquece seu aniversário.
A madrinha, com o seguir da vida e as voltas que essa dá, há algum tempo não sei notícias.
Minha primeira amiga virtual de quem muito me orgulho, respeito e admiro ficou impedida, por motivos fúteis mas muito relevantes de manter contato.
Um beijo grande Vivi!!! Meu e de seu afilhado...
Bom, eu teria muito para escrever por tanto que ora passo e por esse coração cheio querendo gritar as vezes... Vou tentar não ser muito longo e focar mais importante.
Vou repetir aqui que minha vida está registrada, que meu blog foi meu escape, meu ombro desde que me fiz recluso e encontrei a Net na hora certa.
Fiz parte da vida de alguém e alguém fez parte da minha... São e foram muitas.
Ainda tenho mistérios a desvendar, perguntas que nunca soube responder, a volta no tempo, os perdões... Ainda sobraram mágoas, apesar de tudo, apesar da distância, do tempo sem notícias, sem ver ou falar.
No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, comemorava aniversário meu grande e inesquecível amigo Edinho.
Ele esperava esse evento como um presente maior da vida todos os anos. Reservava essa data especial preparado para esperar a presença de seus amigos o dia todo. Era sua satisfação de viver, sua meta. Ele vivia cada detalhe, cada música, cada um dos que lá se achegava.
Para mim, muita saudade e falta.
Pensando nele outro dia, vendo aquela alegria, ouvindo sua voz, seu sorriso sacaneando todo mundo, até me achei conformado em ir embora. É como se ele me dissesse para não ter medo, que seria legal, que a gente "vai se divertir"... Deus o tenha, meu amigo!!!
É seu primeiro Natal sem comemorar como fazia mas, com certeza, vc esteve presente no coração de todos aqueles que tiveram esses aniversários marcados em seu tempo por aqui.
Um beijo grande!!! Olhe por nós!!!
Mas quero focar no mais recente, no que queima ainda.
Me afastei de redes sociais como Facebook e fiz amigos em Google+ em dois anos pelo menos.
Talvez umas das primeiras "paixões" possa ter sido uma flor do cerrado, que conversou comigo pela primeira vez quando estava em Porto Seguro a passeio e só mostrava a silhueta esguia de um corpo bonito complementado por longos cabelos pretos... Uma menina que aprendi a respeitar para ter mais de sua amizade, de contatos. Uma goiana orgulhosa de suas raízes, suas terras e cachoeiras.
Uma menina mulher que viveu poucos anos ainda mas conseguiu feitos em sua carreira profissional e amorosa que comparo a sua beleza e inteligência.
Júlia Ju - assim vc a encontra no G+ e no MeWe ainda - aos vinte e oito anos tem histórias tão surpreendentes como doloridas, apaixonantes e "miseráveis" que ora, só de saber um pouco, me deixou a alma e o coração marcados.
Eu fazia de tudo para tirar dela o mal humor, arrancar risadas, saber que estava feliz.
Assim eram todos os meus dias na Net e ela me chamava "velhinho" carinhosamente porque adotei o Pernalonga como minha foto de perfil.
"Bom dia velhinho!"
"Boa noite velhinho!"
Quando, de um tempo para cá, ela começou a postar "dores" tiradas do fundo da alma, pensei que ainda seriam as lembranças duras da perda de um irmão e do seu marido em desastres de carro... Seu sofrer começou a escancarar uma nova fase. Uma fase de muitas lágrimas em cascatas de palavras sem que não houvessem palavras e presença para amenizar... Tentava entender, me calava ou marcava a postagem para que ela soubesse que eu estive ali, que estava com ela.
Um domingo pela manhã, recebi visita pelo chat no MeWe. Era Júlia.
Como eu não estava acostumado com o evento de chat, fiquei feliz e até apreensivo.
"Velhinho, preciso te contar uma coisa: descobri um câncer na mama e vou ter que passar por tratamento."
Sumiu o chão debaixo de meus pés, as palavras, diante de tão dura realidade enxerguei tantas lágrimas dos seus posts, tanto sofrimento e revolta deitadas no G+ e MeWe...
Daquele dia em diante, confortar era mais difícil ainda através de comentários. Não haveriam palavras, não haveriam forças, não haveriam sorrisos. Como amenizar um coração de uma menina que, mulher, sentia mais uma vez a dor em sua existência?
Eu ainda fiz parte dessas redes, únicas onde me divertia e passava um pouco o tempo, por mais um mês. Depois de tanta impotência resolvi sair... Fugi sim. Tenho minhas razões.
Estou sentindo muita falta dos convívios, de brincar com tantos e outros, de dar risadas.
É que não consigo superar uma parte da vida doer tanto ou mais que outra... Como se lhe dessem com uma mão e outra lhe arrancasse tanta coisa que vc exaurisse esperanças em buscar mais uma vez seguir. Queria poder não compreender aquele coraçãozinho...
Júlia, meu amor por vc não é para ser entendido, mensurado.
Meu amor por vc é puro e de admiração.
Sua beleza, inteligência, carinho são presenças na minha vida.
Eu me senti fraco quando teria que ser forte suficiente para fazer algo por vc... Me perdoa, preciso me afastar.
Quem sabe um outro dia eu te encontre?
Pode ser no MeWe, no G+ ou por e-mail?
Quem sabe eu vá a Goiânia...